09 novembro, 2008


Não há dourado

Como o das folhas secas

Na margem da vida

Sol já vivido de dias inteiros

Futuro de alegrias verdes

Doces de mel nas mãos do passado.

Belos são os tons das tardes que tombam

Cedo

Sobre um mar de azul saturado

Onde as sombras marcam as rugas das ondas.

Vejo olhos brilhantes na espuma que bate

Em rochas de outrora

Como os sonhos que lentamente

Se espreguiçam na doçura do poente

Sabendo que em breve partirão

Levando-nos com eles nos barcos inventados

De onde não há regresso.

As tardes são cada vez mais curtas

E os caminhos feitos para os nossos pés

Têm longos tapetes de folhas de Outono

Douradas.

Nenhum comentário: