
Minha memória é um rio caudaloso
Onde,às vezes, eu me vejo submersa
mergulhada, asfixiada.
É um rio turbulento que me arrasta
E me joga de um lado para outro,
Contra rostos, mãos, casas, esperanças,
Idéias, planos, ruas, despedidas,
Montes, mares, angústias e caminhos,
Pernas, pés, praias, solidão...
Estendo as mãos, as margens longe...
E sigo me debatendo
Até que a razão do tempo,
o correr das horas
Me resgastem de mim mesma
E me coloquem outra vez
Nas margens tranqüilas do esquecer.
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