21 março, 2009




Minha memória é um rio caudaloso

Onde,às vezes, eu me vejo submersa

mergulhada, asfixiada.

É um rio turbulento que me arrasta

E me joga de um lado para outro,

Contra rostos, mãos, casas, esperanças,

Idéias, planos, ruas, despedidas,

Montes, mares, angústias e caminhos,

Pernas, pés, praias, solidão...

Estendo as mãos, as margens longe...

E sigo me debatendo

Até que a razão do tempo,

o correr das horas

Me resgastem de mim mesma

E me coloquem outra vez

Nas margens tranqüilas do esquecer.

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