Eu sempre insisto/como se nada visse. Eu sempre vivo/ como se nada fosse. Eu sempre nada/como se fosse tudo. Eu sempre tanto/como se nunca, quase.
30 dezembro, 2009
Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia,
atropela minha hora,
despreza minha agenda.
Corre prepotente
a disputar lugar com a ventania.
O tempo envelhece e não se emenda.
Deveria haver algum decreto
que obrigasse o tempo a desacelerar
e a respeitar meu projeto.
Só assim eu daria conta
dos livros que vão se empilhando
das melodias que estão me aguardando,
das saudades que venho sentindo,
das verdades que ando mentindo,
das promessas que venho esquecendo,
dos impulsos que sigo contendo,
dos prazeres que chegam, partindo,
dos receios que partem voltando.
Agora, que redijo a página final,
percebo o tanto de caminho percorrido
nesse ano que vai se retirando.
Apesar do tempo e sua pressa desleal,
agradeço a Deus por ter vivido,
amanhecer, e continuar teimando.
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Um comentário:
das saudades que venho sentindo,
das verdades que ando mentindo,
das promessas que venho esquecendo,
...
Seu lirismo me surpreende a cada palavra.
Tenho um ótimo 2010.
beijos
saudosos
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