15 maio, 2013


Noite dessas, trocando frases com um amigo, falamos de Amor.  Porque, apesar da distância, numa ausência de junhos, ainda nos amamos. Porque, sob toda e qualquer circunstância, nosso Amor não esmorece, não se constrange e perdura, indiferente a nós dois próprios que não temos escolha.
Muito se fala sobre o Amor. Que o primeiro amor não se esquece, que quem ama quer a felicidade do outro, que o amor não acaba, que não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo, que quem ama casa, quer filhos, que amor de verão não sobe a serra, que ciúmes é prova de amor...

Tudo mentira. Não existe sentimento mais livre do que o Amor. Não há bula, balança, calendário, bússula que sirva ao Amor. Ele nos vem em diferentes formatos, de variadas maneiras, em todos os níveis de intensidade. Essas dúzias de regras sobre o Amor causam bastante confusão em quem, acreditando nelas, pensam que sua forma de Amor é equivocada então, sendo assim, não deve ser Amor de verdade (- e se perguntam: Será?).

Qualquer Amor é genuíno em sua verdade própria. O Amor em nada se enquadra. Nos preenche,  mas não se molda ao nosso querer.  

Felizes os desajustados que não se encaixam nessas fôrmas que o mundo oferece, os que não acreditam em frases feitas, nem em verdades inventadas. Ovelhas Negras.

Há outros, que pelo equilíbrio geral, nos pomos quites com tantas mentiras consensuais. Mas temos o ouvido atento a um chamado distante que nos convida para um campo vasto, verde, sem cercas.  Pastamos da mesma grama, mas não seguimos o rebanho.






 

 

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