02 janeiro, 2014



Todo ano que se inicia nos traz uma esperança de renovação.
É inevitável não pensar na possibilidade de ser melhor, de fazer mais, de começar do zero ou de se reiniciar.

Então vem janeiro, o carnaval, os feriados todos, junho, mais um aniversário ... mais de tudo e do todo que todos os anos nos trazem.
Mas esse novo ano há de trazer alguma grande e boa novidade, (e) assim esperamos!

Besteira só esperar. A novidade de mais um ano acontece da nossa capacidade de releitura de nós mesmos, da nossa visão límpida em direção ao novo, da nossa gana de arriscar uma outra possibilidade.

Do contrário, todas as nossas promessas – as grandes e as miúdas – são feitas ao Deus do Nada.
Pensando no que disse o rabino Nilton Bonder, que “muitos dos nossos sacrifícios e esforços são oferendas ao nada”, concluo que não só oferecemos muitas promessas vãs, mas, principalmente uma grande quantidade de ações vazias e abstinências à toa. Oferendas ao nada.

Um dos meus desejos para 2014 é que saibamos ofertar. Oferecer, por exemplo, mais alegria (a energia que assim que ofertada nos retorna) e que nos livremos da culpa que consome, dos medos que paralisam, das questões passadas que envelhecem, do narcisismo (que é uma oferenda patética à solidão) ... Ofertar o que somos de melhor e nos livrar de tudo o mais que nos faz menos, que nos impede de atuar nesse mundo, em qualquer ano, de um modo simplesmente bonito.  

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