Precisava de uma estrela de fogo à noite,
a derreter
Precisava de uma palavra
transparente
Oferendo um recomeço
Precisava de uma pequena fé que
se propague
De águas cristalinas
fora e dentro do meu poço
Precisava reencontrar uma vida
onde a prece
e o gozo voltem a conviver
Precisava de um gesto para
dizer uma alegria
maior do que a alegria
de um olhar para dizer o indizível
Precisava acolher o dom
e o seu equilíbrio diáfano e difícil
Precisava dela que em pleno
inverno me ensina
a trazer no coração o verão
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