27 agosto, 2008


Ainda é cedo e já percebo
um céu supremo, singular.
Hoje sinto longe, embora
certo, como tudo pareceu
poder ficar, de perto. O
espaço todo onde estivemos,
descoberto, recende. E se
você me entende, além da
festa, gosto do gesto estreito
que não sei como me sabe, seu.
Posso sentir a sílaba aguda
nascendo, de onde o corpo
fisga a alma e faz brotar
incertos graves quase
mudos, meus. Nossa
química extrema e lisa
rola sem remos, remorsos,
luvas ou véus. Livre de visgos,
suponho que esse barco ainda
saiba e vaze a cor daquela noite,
abundantemente "blue" e mel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito... vc que escreveu esta maravilha?
marialves@msn.com